Guia Achan das Cidades-Sede: Brasilia

Na terceira reportagem do Bolão Maroto sobre as cidades sede que você irá acompanhar durante nossa gloriosa Copa do Mundo, hoje apresentamos a mais manjada e conhecida delas. O ground zero achan, epicentro de toda a miguxaria cujo aftershocks ainda balançam nossas vidas. O cantinho seguro que vocês tem para voltar quando toda a m*rda termina de cair sobre suas cabeças. O primeiro e único Posto E de nosso ministério. A cidade que todos amam odeiam odiar amar. A sua, a minha, a nossa: Brasilia.

Brasilia, muito amada por todos os seus visitantes

O que construíram de bom? Pensada como a cidade do futuro, Brasília foi projetada para ser a utopia habitacional do século XX, um conjunto de quadras auto suficientes rodeados por parques arborizados e prédios de um verdadeiro museu ao céu aberto. Na prática, 50 anos depois, nós recebemos uma versão acochambrada deste sonho candango no meio do cerrado. Você, quando procura justificar aos seus parentes visitantes o que a cidade tem de bom, faz com eles os conhecidos roteiros da Esplanada, Memorial JK, Torre de TV, Catedral, Parque da Cidade, Ermida Dom Bosco, Pontão, yada, yada. Quando o dia em que você visita todos eles acaba e você ainda tem que entreter suas visitas por mais quatro dias de estada, você incorpora o bom candango e ressalta a vida livre e verde que você tem na cidade, pensada e construída até o último detalhe só para você.

Urbanismo e planejamento urbano: um dos pontos fortes de Brasilia

O que tem pra comer? Quando tudo mais falha na parte turística, é para a culinária que os achans apelam. E puxa, como eles fizeram a culinária render. O almochan (do latim: me leva pra comer longe daqui) é considerado por antropólogos como uma das maiores realizações da classe itamaratesca, dele oriundando:

• agitos humildes, como ir a pé até a rodoviária comer um pastel e tirar passaporte;
• agitos adventure, como ir até a Feira do Paraguai, encontrar lugar pra estacionar, comprar cadeados e comer churrasquinho com carne de procedência duvidosa;
• agitos clássicos, como fazer o lego achan e ir todo mundo pro Pier comer Mc, tomar yogoberry e folhear revista na Leitura;
• agitos matemáticos básicos, como ir em Restaurant Week todo ano e tentar calcular se os 10 reais a mais que eles botam no prato ano a ano ainda faz o agito valer a pena;
• agitos matemáticos complexos, como ir no chinês da Fadinha e calcular se 3 pratos para 5 pessoas são o bastante ou se precisamos de mais guarnição;
• e um picolé com empadinha, Chico.

Onde eu posso ficar? Na sua casa.

Quem está jogando de bom ai na cidade? Pfffffffffffffff. Ai, ai. ^o^

Um dos grandes clássicos da cidade

E na Copa do Mundo? Ah, sim. Na copa é diferente, em Brasilia teremos Camarões e Brasil, Colombia e Costa do Marfim, Suíça e Equador, Portugal e Gana, além de uma Oitavas de Final saída dos grupos da França e da Argentina, uma Quartas de Final e o terceiro lugar. Enfim, alguém famoso deve jogar por ai nesse tempo pra fazer render a grana colocada investida injetada desviada nesse estádio. o.o

Nota na Escala Sereno de Satisfação: 6.5. Ou 8.5, quando você volta do Exterior e pousa no Jucelino Kubichek em crise de abstinência de feijoada e guaraná antarctica. Depois 4.5 quando você lembra de como tudo é caro no Brasil e de que você não tem nada pra fazer. Mas Brasilia ainda é o seu lar. E estará sempre ali para recebe-lo quando você precisar.

Brasilia, sempre de portas abertas para Você

By Pio