quarta-feira, 16 de maio de 2018

Analisador Maroto - Grupo D

Bem amigos da Rede Globo, voltamos em definitivo para mais uma rodada de análises de nossa iminente e gloriosa Copa do Mundo 2018. A menos de um mês do início do torneio, as convocações dos selecionados nacionais começam a sair a torto e a direito, levando você a refletir sobre qual daquelas figurinhas difíceis de conseguir do álbum da Copa foi a mais inútil. Mas enquanto você lamenta pelos seis estádios que trocou naquele Daniel Alves, o Bolão Maroto está aqui para ajudá-lo em seus outros compromissos copeiros.

E aparentemente figurinha repetida completa sim álbum para a dona FIFA, porque segundo seu cruzamento "aleatório" de 32 times, teremos nessa ano não pela primeira vez...

Nem pela segunda...

Ou pela terceira...

Sequer pela quarta...

Mas pela QUINTA FUCKIN` VEZ o famoso e tarimbado duelo em Copas do Mundo entre as corajosas Águias Africanas e os sendentos Albicelestes, marcado nessa Rússia 2018 para o repetitivo.... 

Grupo D

Argentina e Nigéria - Hoje, logo após o Video Show

Mais frequente que Lagoa Azul na Sessão da Tarde, Argentina x Nigéria chega para provar que alguns costumes de Copa do Mundo não podem ficar de fora do seu dia a dia: a molecada pintando o meio-fio da sua rua com tinta creme xexela; aquela cervejinha gelada no dia do jogo do Brasil; você perdendo as apostas do Bolão em todo jogo da Costa Rica; e os sul-americanos faturando três pontos suados em cima dos africanos. 

Afora esses pontinhos já entregues pro seu Bolão, o Grupo D ainda conta com a presença de dois selecionados europeus que não são conhecidos por sua intimidade com a bola. Alias, sejamos bem francos, são conhecidos por muita pouca coisa mundo afora. Então sem mais delongas, sigamos juntos nesse artigo para termos uma análise aprofundada de nossos novos postulantes ao título.

Ou no mínimo para lermos alguns estereótipos bem rasos sobre eles.

República Argentina

Imagine você um povo com mesma paixão que o Brasil pelo futebol. Um povo com a mesma garra do Brasil. Com a mesma esperança. Com a mesma fé. Com os mesmos sonhos. Agora tire desse povo os títulos de campeão e você terá uma representação fiel de nossos vizinhos. O cidadão argentino que nunca viu seu país ganhar algo no futebol profissional já completou o ensino fundamental, o médio, a faculdade e atualmente faz pós graduação de alguma espécie. Essa triste sina de sempre morrer na praia, no entanto, jamais impediu a Argentina de olhar imodesta para o próximo torneio e pensar consigo mesma: "Agora vai!" 

Os argentinos se erguem orgulhosos a cada nova competição

Um grande consolo para nossos irmãos do sul está no chaveamento do torneio de 2018. Talvez tão frequente quanto suas vitórias contra a Nigéria numa Copa seja o fato dela ser chutada pra fora da competição pela Alemanha (videm, por obséquio, a derrota por 0 a 1 na final de 1990, o fracasso nos pênaltis de 2006, a sacolada de 0 a 4 em 2010, e o fiasco de um novo 0 a 1 na final de 2014). Todavia, o cruzamento dos times nesse ano impede os dois de se encontrarem antes da uma hipotética Semi-Final, o que garantiria aos argentinos no mínimo o quarto lugar em 2018.

Lionel Messi e as esperanças da Argentina nesse ano

Mas nem o mais fanático argentino apostaria suas fichas no atual selecionado nacional, sendo o fato mais triste de todos o dessa ser a última Copa de Messi. Com uma classificação sofrida nas últimas eliminatórias, uma confederação nacional em frangalhos, uma rotatividade de técnicos risível e uma preparação de amistosos que parece coisa de pegadinha (0 a 6 para a Espanha?! Quem diabos perde um jogo por seis gols de diferença hoje em dia...?), o crepúsculo do futebol para um dos maiores craques que a Argentina já produziu promete ser sombrio e desolador. 

República da Islândia

E falando em sombria e desoladora... Nos idos de 2017, especialistas da bola de todo o planeta entraram em choque ao verem a lista de classificados da Europa para o torneio da Rússia. Juntamente com eles, o restante do mundo descobriu naquele dia algumas surpreendentes verdades sobre a longínqua Islândia.
  • Que a tecnologia da bola de fato chegou até eles;
  • Que eles tem dentro de sua população vinte e três pessoas para compor um time de futebol;
  • Que eles jogam as eliminatória pela Europa e não pela confederação do Ártico;
  • Que eles praticam o futebol em gramados vivos, e não em grandes ringues de patinação

Equipe da Islândia se aquecendo para a partida

Nativos de uma região que mais parece um mundo de Super Mario, os islandeses lutaram com garra e dedicação para garantirem sua estreia no cenário mundial nesse ano. Surpreenderam durante as eliminatórias, aliás, por deixarem para trás em seu grupo equipes mais experientes como Croácia, Ucrânia, Turquia e Finlândia. Suas armas secretas foram os jogos na capital Reykjavik, onde nenhum adversário conseguiu roubar-lhe sequer um pontinho (prova cabal de que nem os finlandeses conseguem jogar naquele fim de mundo sem medo de perder um dedo para a gangrena).

  Integrante da delegação islandesa, esperando o telefone vagar

Com a simpatia da qual goza todos os novatos em uma Copa do Mundo, a Islândia viaja para a Rússia com sua equipe (aproximadamente 1/5 da população total) buscando principalmente deixar uma marca duradora no futebol. No entanto, o fato de que nenhum de seus três jogos iniciais estarem marcados para a Sibéria pode ser o elemento crucial a impedir que os fascinantes islandeses façam a diferença no torneio desse ano.

República da Croácia

Os croatas são notoriamente conhecidos, entre os povos oriundos da antiga Iugoslávia, como aquele com mais intimidade com a bola. Infelizmente para eles, o último grande feito da Iugoslávia no futebol foi desmanchado por um drible do Garrincha, então isso não representa muita coisa na atualidade. Marcando presença em torneios internacionais desde 1998, mesmo o mais desatento espectador deve se recordar de suas participações na Copa do Mundo sempre que eles aparecem em campo vestindo aquela toalha de piquenique engraçadinha.


Croácia em campo

Os croatas ainda se lembram com carinho de sua heroica estreia nas Copas do Mundo, quando grandes e surpreendentes vitórias contra as famosas Alemanha e Holanda garantiram-lhe o honroso terceiro lugar em 1998. Nos vinte anos seguintes, no entanto, eles vem colecionando uma série de eliminações ainda na fase de grupos, incluindo duas delas para o Brasil. Com (muita) paciência, o povo croata espera o renascer de uma geração de ouro capaz de fazer frente às grandes potências a sua volta.

Torcida croata em um típico jogo de Copa do Mundo

Infelizmente para os balcânicos, o prognóstico para sua participação nesse ano não é dos melhores. Após serem enxotados pela Islândia durante as eliminatórias, os croatas quase perderam o lugar na repescagem para Ucrânia. Após uma recuperação relâmpago e a conquista da vaga em cima dos gregos, os europeus correm para recompor seu time e superar a demissão de seu técnico, de forma a chegarem na Rússia com chances de finalmente voltar a ver uma Oitavas-de-Final.

República Federal da Nigéria

Provavelmente o melhor, o mais aplicado e o mais consistente da África, o selecionado nigeriano é uma super potência dentro de seu continente, costumando dar trabalho para seus adversários mesmo em escala global. Presente em seis das últimas sete Copas do Mundo (perdendo somente o torneio na Alemanha), as Super Águias são uma constante ameaça para seus colegas de grupo por frequentemente ameaçarem uma das vagas nas Oitavas-de-Final e chegarem com força na disputa pelos pontos.

As águias estão chegando!

A Nigéria também foi a seleção a mais ser testada nos últimos quatro anos, precisando deixar para trás durante as eliminatórias times de tradição como Camarões, Argélia e Zâmbia para garantir sua passagem para a Rússia. Nem o sorteio que a colocou junto com os argentinos (e que enseja uma derrota automática na fase de grupos) tira o ânimo dos africanos para fazer um bom torneio em 2018.

Os nigerianos são conhecidos por seus muitos talentos

E como acontece com todo bom time africano, a participação da Nigéria é assolada por desavenças e interferências do governo. Uma das mais recentes e infames resultou na suspensão de participação dos nigerianos em torneios internacionais, primeiro pelo próprio presidente da Nigéria (irritado com o desempenho do time) e na sequência pela FIFA (irritada com o presidente da Nigéria). Eventualmente as partes se acertaram e os africanos voltaram a poder jogar a bola que sabem. Torçamos para que ninguém mais dê um piti por aquelas bandas nesse ano.

E assim encerramos a análise de mais um grupo da Copa do Mundo 2018, faltando apenas um mês para o início da competição. Na segunda metade da turnê de seu Analisador Maroto, começaremos os trabalhos com aquele momento pelo o qual você tanto esperava: um mundo de piadas sobre 7 a 1! No final de semana, a análise fresquinha do mais que esperado...

Grupo E - Brasil, Suíça, Costa Rica e Sérvia

vulgo

Neymar vai finalmente estar em campo durante uma eliminação do time dele?

Globo e você, tudo a ver.

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